
Do quintal eu posso ver
a vida que escoa ligeira lá fora.
Relógio,ritmo,rua...
tudo passa rápido depois daquele portão.
Pessoas,placas,pensamentos...
tudo se confunde,se estranha.
-Estranho!-dizem.
Mas depois do portão tudo é novo e incerto.
E eu,tal como quem vive no inverso,me ponho a retrucar.
-Estranho!?Estranho é provocar anseios alheios sem a pretensão de realizá-los.
Decidem então: -Portão de madeira,sem vista pra rua!
E a paz volta a reinar cega no nosso quintal.