quinta-feira, 25 de março de 2010

Afinal.


Do quintal eu posso ver

a vida que escoa ligeira lá fora.

Relógio,ritmo,rua...

tudo passa rápido depois daquele portão.

Pessoas,placas,pensamentos...

tudo se confunde,se estranha.

-Estranho!-dizem.

Mas depois do portão tudo é novo e incerto.

E eu,tal como quem vive no inverso,me ponho a retrucar.

-Estranho!?Estranho é provocar anseios alheios sem a pretensão de realizá-los.

Decidem então: -Portão de madeira,sem vista pra rua!

E a paz volta a reinar cega no nosso quintal.

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